16 de mar. de 2018

Resenha- O ódio que você semeia




Sinopse:

Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial.
Não faça movimentos bruscos.
Deixe sempre as mãos à mostra.
Só fale quando te perguntarem algo.
Seja obediente.
Quando ela e seu amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. Um movimento errado, uma suposição e os tiros disparam. De repente o amigo de infância da garota está no chão, coberto de sangue. Morto.
Em luto, indignada com a injustiça tão explícita que presenciou e vivendo em duas realidades tão distintas (durante o dia, estuda numa escola cara, com colegas brancos e muito ricos - no fim da aula, volta para seu bairro, periférico e negro, um gueto dominado pelas gangues e oprimido pela polícia), Starr precisa descobrir a sua voz. Precisa decidir o que fazer com o triste poder que recebeu ao ser a única testemunha de um crime que pode ter um desfecho tão injusto como seu início.
Acima de tudo Starr precisa fazer a coisa certa.
Angie Thomas, numa narrativa muito dinâmica, divertida, mas ainda assim, direta e firme, fala de racismo de uma forma nova para jovens leitores. Este é um livro que não se pode ignorar.

Sinopse via Skoob

Resenha:

"Um soco no estômago" na minha humilde opinião isso é o que melhor descreve o que sentimos durante e após a leitura desse livro. Esse livro é tão impactante, a história é tão forte, intensa...tão real.
Embora a história se passe num bairro periférico dos Estados Unidos, não é uma realidade diferente da que vemos nas favelas do Rio de Janeiro ou no bairro onde eu moro. Violência gerada pelo tráfico de drogas, jovens iludindo-se com a ideia do "dinheiro rápido" que ele oferece, pessoas inocentes sendo mortas, trabalhadores sendo revistados de forma humilhante pela polícia e o quanto a cor da  sua pele interfere na forma que você é tratado.
Tive uma empatia tão grande com Starr, uma adolescente de 16 anos, uma personagem tão bem construída, tão real... que viveu experiências extremamente fortes. No mesmo momento que eu me pegava julgando algumas atitudes da Starr, me questionava se eu teria feito diferente. O choque entre duas realidades sociais tão distintas e que fazem parte da vida de Starr, a fazem se sentir perdida e ver aos poucos ela encontrando sua essência, foi maravilhoso.
A família de Starr é sensacional. O pai (Maverick) tem uma história de vida inspiradora, de alguém que errou, pagou pelos seus erros e agarrou com unhas e dentes a chance de fazer diferente. A mãe é  enfermeira, forte, dedicada, compreensiva e  os ama acima de tudo. Starr tem dois irmãos: Sekani e Seven. A família deles é muito unida, um defende o outro e exalam amor. Sem contar os agregados, que também são muito amados.
Starr não pôde impedir que seu melhor amigo Khalil fosse  assassinado brutalmente, mas ela tinha a opção de se calar diante dessa situação ou não...
Não sei dizer o que exatamente mudou dentro de mim depois dessa leitura, mas sinto que não sou a mesma. Penso que todos deveriam ler esse livro.

"Não posso mudar o lugar de onde venho nem o que passei, então por que devia ter vergonha do que me faz ser quem sou? É como sentir vergonha de mim mesma. Mas acho que vai mudar um dia. Como? Não sei. Quando? Não sei mesmo. Por quê? Porque sempre vai existir alguém para lutar. Talvez seja a minha vez. Tem outros lutando também."





2 comentários:

Mundo Literário da Cecy disse...

Oi Dé!
Menina, eu não conhecia esse livro, que enredo forte! Mas, ao mesmo tempo inspirador, já quero!

Beijoooo

Unknown disse...

Cecy tô indicando esse livro pra todo mundo porque ele é muito maravilhoso! E fiquei sabendo que até vai rolar adaptação para o cinema

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