26 de dez. de 2015

As esganadas




Sinpose:

Como ator e comediante, o Jô é um grande fazedor de tipos. Sabe como poucos construir um personagem, defini-lo com um detalhe e dar-lhe vida com graça e inteligência. Como autor, essa sua maestria se expande: os tipos são postos no mundo e, mais do que no mundo, numa trama — e o seu criador (eu quase escrevi Criador, pois não deixa de ser um trabalho de deus) se solta. Toda a ficção do Jô é feita de grandes personagens envolvidos em grandes tramas.

Os tipos e a trama deste livro são especialmente engenhosos e através deles o autor nos dá um retrato saboroso do Rio de Janeiro no fim dos anos 1930 e começo do Estado Novo — o Rio das vedetes que davam e dos políticos que tomavam, das estrelas do rádio e das corridas de “baratinhas”. E nesse mundo em ebulição chega uma figura portuguesa, saída de um poema do Fernando Pessoa, para elucidar o estranho e terrível caso das gordas desaparecidas que…

Mas não vou revelar mais nada. Um dos prazeres da literatura policial é ir acompanhando o desvendar de uma trama, levados de revelação a revelação por alguém com a fórmula exata para nos enlevar — e enredar. No caso do Jô, quem nos guia é um autor que já provou seu domínio do gênero, e que aqui se supera na perfeita dosagem de invenção, humor e erudição que nos prende desde a primeira página, desde a epígrafe.

Prepare-se para ser enlevado e enredado, portanto. E prepare-se para outras sensações. Só posso dizer que a trama deixará você, ao mesmo tempo, horrorizado e com fome. E que depois da sua leitura os Pastéis de Santa Clara jamais significarão o mesmo.
Sinopse via Skoob

Resenha:
Este é o primeiro livro do Jô Soares que leio e não me lembro como cheguei até  ele, até porque normalmente não procuro livros desse gênero (Romance policial). Mas enfim, li esse livro e gostei.
Trata-se de uma história sobre assassinatos em série que se passa no Rio de Janeiro na época do Estado Novo. Embora a maioria dos personagens sejam fictícios são citados alguns personagens históricos como: Getúlio Vargas, Fernando Pessoa e Adolf Hitler.
Desde o início da história o autor revela quem é o "serial-killer" e porque essa fixação por matar mulheres gordas. E então a trama se desenvolve na expectativa de que o assassino seja descoberto e preso. O psicopata em questão é Caronte, o dono de uma funerária e conhecido por todos.Seu Pai suicidou e sua mãe foi assassinada pelo próprio Caronte, aliás ela foi sua primeira vítima.
Os responsáveis por desvendar o caso são: Noronha, o delegado ,Calixto seu auxiliar ,Tobias Esteves, um ex-policial investigativo português  e atual confeiteiro de sucesso no Rio de Janeiro e Diana, a jornalista investigativa que acompanha os policiais durante as ocorrências.
As motivações psicológicas do psicopata e a forma como as vítimas eram encontradas após o assassinato são no mínimo bizarras.
A história me prendeu do começo ao fim e apesar de se tratar de uma série de assassinatos, têm uma veia cômica muito interessante.



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